sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um certo Caio em festa

O homem parado no espaço esperando assim ela entrar,não esperara mais ninguém,apenas ela.Não demora muito e o esperado se torna espectativa ao vê-la.A mulher entra,para na frente dele,o encara,naquele momento não existia barulho,não existia pessoas,só os dois ali parados.Ela num gesto brusco se desenvolve daquele universo criado a pouco e procura uma cadeira no espaço.Senta.Grita.
A força da mulher ao sentar é tão forte que tudo aquilo se transforma em um sonho,somente dos dois.O homem dança.Dança lasciva que só aumenta toda aquela situação.Quando menos se espera,um lapso faz uma timidez,e a mulher vira-se para olhar sobre a janela.
Tudo quebrado,o homem para de dançar,olha para a mulher como se tudo aquilo não fosse real,e o irreal se construía mais ainda ao ver apenas os cabelos sobre suas costas.Aproxima-se,agora os dois estão parados,estáticos,quase parecendo um quadro.Um momento de desesperose instala e a mulher tenta fugir.Corre.Mas percebe que igual a ela,ele também está desesperado,vira-se e corre para ele.Numa forma de abraço envolvente o homem ,confuso,não sabe o que fazer,a abraça e depois joga aquilo que sabia que era presente.Vira-se,agora meio que imitando o gesto dela.Ela vendo que tudo já era um,joga-se em suas costas e cola-se,causando uma corcunda eterna naquele homem.
Um movimento tranquilo entre os dois se inicia,tudo agora era tudo e nada ao mesmo tempo,aquele momento mais que tudo era deles.Pareciam um casal que resolveram dançar pela primeira vez e envergonhados começavam aos poucos um movimento,como se todos os outros da pista de dança tivessem sidos obrigados a se retirar para o casal mais bonito entrar e mostrar o que sabem...dançar.
A dança é tão envolvente que a mulher acaba no chão,treme sem saber ao certo o que estava acontecendo.
O homem vai devagar no seu delírio e senta-se,a mulher no chão dança mostrando sua resposta para ele,para tudo.Para e vai ao seu encontro,tiram a mesma foto de que no início da noite.O homem vai embora sem olhar para trás.

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